Alunos residentes: Antonio Araujo, Carlos Castro, Carolina Saint Roman, José Mello, Juliana de Quadros, Marcelo Silva, Mateus Luciani, Matheus Wagner, Rudinei Pimentel.
O Colégio Júlio Mesquita (CJM) tem raízes na primeira sala de aula construída em 1954, a partir da qual a escola cresceu para salas alugadas, tornando-se escola isolada e depois grupo escolar em 1960, chegando à estrutura que possui atualmente, composta de dois blocos de salas, construídos em 1965. Dispõe de 13 salas de aula, biblioteca, laboratório de informática, 4 banheiros, laboratório de ciências, 2 quadras descobertas e 1 pátio coberto. Houve reformas de grande porte no período de 2002 a 2007, que abrangeram acessibilidade, pisos, hidráulica, telefonia, quadras, quadros de giz, telhados e sala multimídia. Podemos inferir que materialmente a escola está entre as melhores estruturas físicas da rede escolar pública estadual de Curitiba.
Uma escola, porém, não é só um conjunto de edificações. Antes, é um espaço de encontro, interação e prática social, onde se desenvolve uma cultura e onde se manifesta uma política de educação. A política do CJM está baseada no princípio da oferta de um modelo de educação onde a escola é parte integrante da sociedade. Fundamenta-se em uma metodologia participativa, de uma responsabilidade assumida coletivamente e embasado nos pressupostos teóricos da pedagogia histórico-crítica, crítica social de conteúdo, buscando contemplar todas as múltiplas dimensões do saber, a importância da aprendizagem para a vida e sua possível aplicabilidade para a solução dos problemas sociais (PPP Colégio Júlio Mesquita, 2013). O modelo de educação pretendido enfatiza também a intencionalidade da realização de um desafio, promove ações educativas no sentido de desvelar as causas da exclusão e possibilitar a vivência de práticas inclusivas, tanto no que se refere ao conhecimento que é trabalhado, quanto nas formas de avaliar o conhecimento adquirido.
A localização da escola no bairro Jardim das Américas, na cidade de Curitiba, permite receber públicos variados, desde crianças e adolescentes das turmas do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio no período diurno, residentes no referido bairro e nos bairros vizinhos, como Uberaba, Guabirotuba, Cajuru e Prado Velho, bem como alunos do Ensino de Jovens e Adultos e Profissionalizante subsequente no período noturno. Tal área de abrangência implica grande variedade nos extratos sociais representados no perfil de alunos da escola. Se observarmos o valor do rendimento médio mensal dos domicílios particulares permanentes, temos que para o Cajuru o valor é de apenas R$ 2.418,47, inferior aos R$ 6.204,80 do Jd. das Américas, e mesmo inferior aos R$ 3.774,19 que é valor médio da cidade como um todo. A disparidade é ainda mais evidente se compararmos ao Prado Velho, cujo valor médio é de R$ 1.873,40 (IPPUC, 2015 com base no censo IBGE 2010).
Nestes tempos de pandemia, como toda a rede pública de ensino do Paraná, a Escola, vem enfrentando o desafio da continuidade da educação, por meio de aulas remotas e atividades impressas para os alunos que não dispõem de acesso digital, num esforço de sua comunidade (estudantes, responsáveis por alunos, professores, e equipes pedagógica e de gestão escolar). A escola em sua atuação, referendada por sua expressão colegiada (Conselho Escolar e Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que têm se reunido remotamente) vem buscando a permanência dos alunos, seu avanço nos temas curriculares e uma futura retomada segura da convivência presencial na diversidade de seu ambiente escolar.
REFERÊNCIAS
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC Nosso Bairro: Cajuru/ Lucimara Wons, Coord. _ Curitiba: IPPUC,2015.
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC. Nosso Bairro: Jardim das Américas/ Lucimara Wons, Coord. _ Curitiba: IPPUC,2015
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC Nosso Bairro: Prado Velho/ Lucimara Wons, Coord. _ Curitiba: IPPUC, 2015
Colégio Estadual Professor Júlio Mesquita. Projeto Político Pedagógico. 2013.
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